Sem proteção? Não dá!
Homens acima de 50 anos, tabagistas e/ou alcoólatras eram as maiores vítimas dos cânceres(cancros) de boca e orofaringe - região atrás da língua, o palato e as amígdalas. Porém o cenário vem mudando gradativamente, tanto em número de casos quanto em relação ao perfil das pessoas mais afetadas.
Ocorre que, hoje, a doença também atinge jovens (entre 30 e 45 anos) de ambos os sexos que não fumam nem bebem em excesso, mas praticam sexo oral desprotegido. Isso porque o HPV -papilomavírus humano-, que é transmitido sexualmente, está diretamente ligado a cada vez mais casos de câncer(cancro) de cabeça e pescoço.
Segundo uma pesquisa feita pela Faculdade de Saúde Pública da USP com 1.475 pacientes, 72% dos casos de câncer(cancro) de cabeça e pescoço apresentou o vírus HPV do tipo 16 - o mais relacionado ao desenvolvimento de câncer(cancro) de cabeça e pescoço.
Nas avaliações mais antiga, feitas entre os anos 1998 e 2003, o índice encontrado foi de 55%, um aumento de 17 pontos porcentuais.
Falta informação
Um estudo do International Journal of Epidemiology mostra que, quanto maior o número de parceiras com as quais pratica sexo oral e quanto mais precoce for o início da vida sexual, mais risco o homem terá de desenvolver câncer(cancro) causado pelo HPV. Para o oncologista, Ricardo Caponero, da Clinonco, parte desse aumento pode ser atribuída a mudanças no comportamento sexual. “Ainda não se fala sobre esse assunto e por isso a conscientização é praticamente nula”, diz.
Vacina
Existem duas vacinas contra o HPV. Uma delas, a bivalente, protege contra dois tipos de vírus, mais associados ao câncer(cancro) de colo do útero - o 16 e o 18. A quadrivalente também previne contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais.
A vacina contra HPV foi aprovada para uso em mulheres de 9 a 26 anos, e, de preferência, deve ser administrada antes do início da vida sexual. A posologia recomendada é de três doses (com intervalo de dois meses entre elas), ao custo médio de R$ 300 cada dose.
O diagnóstico de câncer(cancro) oral tem sido tardio por várias razões: ora por desconhecimento, ora por negligência e até mesmo negação, segundo os médicos. Muitas vezes, o câncer(cancro) é confundido com uma simples afta. Todos devem procurar um médico se uma lesão na boca não cicatriza em cerca de quatro a seis semanas.
Diagnosticado, o especialista vai direcionar o tratamento correto. Se for inicial, raro de ser visto, será feita uma cirurgia de pequeno porte ou a radioterapia alcançam bons resultados.
Em estágios avançados podem ser usados métodos até agressivos com cirurgias de grandes portes e muitas vezes com a combinação de radioterapia e quimioterapia. Estes procedimentos, segundo a medicina, podem trazer sequelas na fala, deglutição e no convívio social.
Fontes: http://saude.terra.com.br/saude-bucal/atualidades/sexo-oral-sem-protecao-pode-causar-cancer-bucal,2edec048c0f0e310VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html
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