quinta-feira, 18 de abril de 2013

Penas de morte estranhas


Quais são as penas de morte mais estranhas?


                Em um passado não muito distante, os tribunais executavam os condenados de maneiras brutais. Alguns eram atravessados com bastões ou esmagados por elefantes, enquanto outros infelizes tinham a pele arrancada ou os ossos triturados. Selecionamos algumas penas capitais bizarras, com base no sofrimento causado às vítimas. Diante delas, os métodos tradicionais parecem piedosos. Afinal, o enforcamento e a cadeira elétrica têm, pelo menos, o mérito de matar com rapidez. O Brasil, adotou a pena capital até o século 19. Nosso Código Penal Militar não perdoa os combatentes que cometem crimes como a fuga em presença do inimigo. Nesses casos, o Presidente da República deve aprovar a execução, que ocorre por fuzilamento. Mas como não somos chegados a uma guerra, essa situação é quase impossível. Os defensores da pena argumentam que ela pode dissuadir os malfeitores - diante da possibilidade de execução, eles pensariam duas vezes antes de fazer besteira. Mas os que se opõem à medida alegam que a criminalidade não diminuiu nos lugares onde ela foi adotada.

 APEDREJAMENTO

ONDE - Afeganistão, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Irã, Nigéria, Paquistão e Sudão
QUANDO - Do século 2 até hoje
PUNE O QUÊ? - Adultério
Com a lei islâmica, a Sharia, não tem brincadeira. As pessoas casadas que pulam a cerca são enterradas - as mulheres até o peito, os homens da cintura para baixo - e alvejadas pelo povão com pedras pequenas, até a morte. Se o traidor não for oficialmente casado, o castigo é mais leve: cem chibatadas

ESMAGAMENTO POR ELEFANTE

ONDE - Sudeste Asiático
QUANDO - Até o século 19
PUNE O QUÊ? - Crimes militares
Os réus tinham a cabeça esmagada pelas patas de elefantes, animais que pesam 9 toneladas. Registros desse método paquidérmico aparecem em livros do século 17, como o que foi escrito em 1681 pelo expedicionário inglês Robert Knox. Durante uma viagem ao Ceilão - atual Sri Lanka - ele testemunhou uma execução

EMPALAMENTO

ONDE - Oriente Médio e Europa
QUANDO - Da Antiguidade à Idade Média
PUNE O QUÊ? - Crimes contra o Estado
Dos persas aos suecos, muitos governantes foram adeptos do doloroso método de introduzir um bastão de madeira pontudo pelo ânus do condenado. Em alguns casos, depois de empalada, a vítima ainda era espetada ao chão, onde ficava até morrer. O bastão impedia a saída do sangue, prolongando a agonia

ESFOLAMENTO

ONDE - Oriente Médio e Europa
QUANDO - Até o século 1
PUNE O QUÊ? - Crimes religiosos
A retirada da pele era uma maneira nada sutil de tirar também a vida do condenado. Conta-se que São Bartolomeu, um dos 12 apóstolos de Jesus, foi esfolado antes de ser crucificado no século 1, por ordem do rei armênio Astiages. O afresco do Juízo Final que Michelangelo pintou na Capela Sistina, no Vaticano, também exibe um cadáver esfolado

ESTRIPAÇÃO

ONDE - Japão, Espanha, Inglaterra
QUANDO - Idade Média e Moderna (até o século 16)
PUNE O QUÊ? - Desonra e pecados religiosos
Por um corte na barriga, o réu tem seus órgãos internos arrancados um a um. Primeiro o intestino delgado, depois o grosso, então o fígado... O método foi empregado pela Inquisição espanhola. No Japão, era comum para liquidar samurais: aqueles que não cometiam haraquiri - o tipo de suicídio em que se rasga a barriga com uma espada - eram mortos desse jeito

FERVURA

ONDE - Europa
QUANDO - Idade Média e Moderna (até o século 16)
PUNE O QUÊ? - Tentativas de envenenamento
O condenado era colocado em água ou óleo e fervido até a morte. O processo podia durar até duas horas. Mesmo os frios britânicos aprovaram a escaldante pena de morte em 1531, quando o rei Henrique VII mandou para o caldeirão o cozinheiro Richard Rosse, acusado de ter envenenado a comida de um bispo

ESQUARTEJAMENTO

ONDE - Europa
QUANDO - Idade Média
PUNE O QUÊ? - Crimes contra o Estado
Os braços eram presos a uma árvore, enquanto as pernas ficavam amarradas a cavalos ou burros, atiçados para andar até deslocar e arrancar os membros da vítima. Havia também máquinas de madeira feitas especialmente para modernizar o martírio: ao rodar uma manivela, o carrasco separava os membros dos condenados




RODA DA MORTE

ONDE - Europa
QUANDO - Idade Média
PUNE O QUÊ? - Crimes religiosos e contra o Estado
Com braços e pernas amarrados em traves, o réu tinha os ossos quebrados com marteladas. Com o corpo amolecido, seus membros eram entrelaçados nos raios de uma roda que era pendurada em um poste. Nos dias seguintes, o cadáver servia de alimento para as aves de rapina
 por Marina Motomura

Dos métodos de execução em vigor, o fuzilamento é o mais comum
Execuções em 2010

China - *
Irã - 252
Coreia do Norte - 60
Iêmen - 53
EUA - 46
Arábia Saudita - 27
Líbia - 18
Síria - 17
Bangladesh - 9
Somália - 8
Sudão - 6
Autoridade Palestina - 5
Egito - 4
Guiné Equatorial - 4
Taiwan - 4
Bielo-Rússia - 2
Japão - 2
Bahrein - 1
Botsuana - 1
Iraque - 1
Malásia – 1

*O governo chinês não informa, mas estima-se que o número tenha ultrapassado a soma de todos os outros 20 países que executaram penas de morte em 2010.


Fonte: Anistia Internacional  e Mundo Estranho 


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