terça-feira, 16 de abril de 2013


             - Tensão 2013 -  Coreia do Norte - Coreia do Sul    





Norte-coreanos promoveram um encontro para celebrar uma futura vitória do país sobre uma possível guerra contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul. REUTERS/KCNA


                   Em 12 de fevereiro de 2013 o regime de Kim Jong-un anunciou o terceiro teste nuclear da história do país. Três semanas depois, o Conselho de Segurança aprovou por unanimidade uma resolução impondo mais sanções ao país. A partir daí, o governo de Kim Jong-un deu início a uma série de ameaças contra os americanos e a Coreia do Sul, prometeu expandir seu programa nuclear e reativar instalações atômicas que estariam fechadas desde 2007. Especialistas americanos ponderam, no entanto, que a Coreia do Norte não teria como atingir o território continental americano.

                 O clima de tensão na Península Coreana se intensificou, nos últimos dias, depois que a Coreia do Norte indicou que pode deflagrar uma guerra nuclear na região. Os armamentos, segundo os norte-coreanos, têm como alvos a Coreia do Sul, o Japão e territórios dos Estados Unidos (Havaí).




Quem é Quem? 

DADOS: 

Coreia do Norte



 Regime ditatorial
• 120.538 km²
• Capital: Pyongyang
• 27,4 milhões de habitantes
• PIB: 40 bilhões de dólares
• Expectativa de vida: 69 anos
• Exército: 1,1 milhão de soldados


Política: 


É o país mais fechado do mundo, econômica e politicamente. Os norte-coreanos não podem ler jornais, revistas, ou livros estrangeiros. Recentemente, foi anunciado que um serviço de internet móvel seria disponibilizado no país, mas só para estrangeiros. Jornalistas apenas podem entrar no país com a autorização do governo, que é praticamente impossível de conseguir. O país também figura em terceiro lugar na lista de 2012 dos governos mais corruptos do mundo, segundo a organização Transparência Internacional. Em mais de 65 anos de dinastia Kim, as facções internas foram eliminadas, rivais foram submetidos a campos de trabalhos forçados e milhões tornaram-se subnutridos e famintos. Há ainda as violações aos direitos humanos. Documento recente elaborado por um relator especial da ONU aponta casos de tortura, escravidão, desaparecimentos forçados e assassinatos. Muitos atos podem constituir crimes contra a humanidade.





O ditador norte-coreano Kim Jong-un durante pronunciamento na TV





Economia: 


A Coreia do Norte é uma das economias mais centralizadas e fechadas do mundo - e enfrenta problemas crônicos. Grande parte do orçamento do governo é destinado a despesas militares, restando pouco para investir na população. O complexo militar gasta o equivalente a 40% do PIB. A produção industrial e de energia está estagnada, e a escassez de alimentos é crescente, devido principalmente à falta de terras cultiváveis, à coletivização das terras, e à escassez de veículos e combustível. A ajuda internacional permite que a Coreia do Norte escape da fome generalizada, mas a população continua a sofrer de subnutrição prolongada e más condições de vida – milhões já morreram de fome no país desde meados dos anos 1990. Se a economia norte-coreana chegou a equivaler à da vizinha do sul na década de 1970, agora não passa de 5% da calculada na Coreia do Sul.




Coreia do Sul




 Regime democrático
• 99.720 km²
• Capital: Seul
• 48,9 milhões de habitantes
• PIB: 1,62 trilhão de dólares
• Expectativa de vida: 79 anos
• Exército: 686.000 soldados




Política: 



O país tem um sistema democrático, conquistado após anos de instabilidade política. Quando foi classificada como Coreia do Sul, a região passou a ter como liderança o nacionalista Syngman Rhee, que permaneceu no poder até 1960. Seu sucessor, Chang Myon, foi deposto em 1961, e o general Park Chung Hee assumiu o comando do país sob suspeitas de ter fraudado a eleição. Em 1972, Park Chung Hee liderou um golpe de Estado e instaurou no país uma ditadura militar. Sete anos depois, ele foi assassinado. O general Chun Doo-Hwan liderou outro golpe militar, que durou até 1987, quando a pressão popular tornou as eleições diretas inevitáveis. O primeiro presidente civil do país depois de 30 anos, foi o candidato governista Roh Tae Woo, eleito em 1992.

Pouco mais de 50 anos após Park Chung Hee tomar o poder, sua filha Park Geun-hye tornou-se a primeira mulher a assumir a Presidência da Coreia do Sul. Eleita em dezembro de 2012, ela tomou posse em fevereiro. Durante a campanha, pressionada pela opinião pública, a candidata do partido conservador governista chegou a pedir perdão às vítimas da repressão do regime de seu pai. Já no comando do país, a presidente aprovou um decreto que multa quem vestir minissaia ou outros tipos de roupas que deixem o corpo muito exposto. A medida foi comparada com restrições impostas nas décadas de 1960 e 1970, durante o governo de Park Chung-hee. Na época, as saias que terminavam 20 centímetros ou mais acima do joelho eram proibidas na Coreia do Sul.

Economia:

Ao longo das últimas quatro décadas, a Coreia do Sul demonstrou seu potencial em se tornar um país moderno e industrializado, tendo como base de sua economia a exportação de bens manufaturados e de alta tecnologia. Se na década de 1960 o PIB per capita da Coreia do Sul era comparável com os níveis das nações mais pobres da África e da Ásia, hoje o país já é uma das 20 maiores economias do mundo. Entre 1980 e 1993, seu PIB cresceu em média 9,1% ao ano - uma das taxas mais altas. Em 1997 e 1998, o país sofreu o impacto da crise financeira mundial, mas se manteve como um importante exportador de produtos eletrônicos, peças para computador e automóveis. Seul adotou uma série de reformas econômicas, incluindo uma maior abertura ao investimento estrangeiro. Em 2008, com a nova crise, o crescimento do PIB voltou a desacelerar, mas no ano seguinte o país já registrou aumento das exportações. A nova presidente deve ter como desafios na área econômica equilibrar a forte dependência das exportações com o desenvolvimento de setores internos - como o de serviços - e lidar com uma população em rápido envelhecimento.


Parte do maior complexo de construção naval do mundo, os estaleiros HHI (Hyundai Heavy Industries, na Coreia do Sul), de onde são lançados na água uma média de 1 navio pós-panamax, por semana!






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